Yoga classes with emphasis on non-violence practices / ahimsa practice

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• 1) Com qual idade você começou a praticar esporte? Conte-nos um pouco sobre como foi essa descoberta.

  Desde os meus 6 anos já tinha uma prática de esporte, fiz natação até os 9 anos, fiz dança na escola, brincava muito de queimado na rua, criava coreografias, fui uma criança e uma adolescente com muita energia e muito ativa, também fiz parte de um circo social, e dei ênfase na prática de tecido acrobático.
  
  E aos 16 anos iniciei minha prática de yoga, por recomendação da minha psicoterapeuta da época, a motivação da escolha foi o fato de que além de ser uma prática de movimento, cuida do mundo interior, desenvolvendo autoconhecimento. Hoje em dia, dou grande importância à prática de movimento no âmbito geral, reconhecendo cada uma das modalidades existentes, o valioso é praticá-las com presença, que é o que promove qualidade.

• 2) Quais são seus esportes favoritos (que você pratica cotidianamente por paixão ou mesmo profissionalmente) e qual você amaria começar a praticar?

  Pratico corrida e o yoga, e faço isso porque são meus favoritos, e pelo yoga ser um dos meus favoritos tornou se meu trabalho, também pratico parada de mão (handstand) e faço isso juntamente com outras invertidas. O esporte que amaria começar a praticar é o mergulho livre.

• 3) Como você faz para motivar seus alunos saírem da zona de conforto, colocar uma legging e praticar um esporte com frequência?

  Através de um ambiente seguro e confortável dialogo com o aluno para saber sobre suas dificuldades, necessidades e sentimentos, a fim de que possamos dar luz a possíveis questões profundas de autossabotagem, e a partir disso, iniciar um processo de auto observação para ter mais escolha de como realmente queremos nutrir nossas vidas, aceitando a vida assim como ela é, assim como se apresenta, e tendo em mente a motivação para a prática, que pode ser tratamento de dores, aumentar a flexibilidade, manejo da ansiedade etc. Conversamos também sobre a importância de uma frequência através da percepção da necessidade de uma constante manutenção das práticas de promoção de saúde e bem estar.

• 4) Que façanha esportiva te marcou ou te inspira (que te dá vontade de cantar I Will Survive) ?

  Meu processo de parada de mão (handstand) me inspira, e cada segundo conquistado é uma celebração, uma retrospectiva de todas as fases do aprendizado e uma percepção de uma constante mudança e progressão. Além disso, quando finalizo uma corrida e uma prática de yoga, também celebro o auto cuidado, a auto estima e o bem estar que foi gerado por atender minhas necessidades de movimento e diversão

• 5) Qual foi o elogio ou conquista que conseguiu à/da sua profissão que mais te marcou?

  Tanto os elogios quanto as criticas são muito valiosos e marcantes, pois são guias do que posso continuar a fazer e do que posso fazer diferente, negociando aspectos importantes para a troca acontecer de forma maravilhosa para todes, sempre adaptando as aulas para dar conta do que aparece no momento presente.

• 6) Se você encontrasse com um profissional da sua modalidade que você admira, quem seria e quais perguntas você o faria ?

  O profissional que admiro e adoraria encontrar seria o Sidarta Gautama (buda), grande professor de meditação (yoga), não sei agora ao certo quais perguntas faria, mas certamente durante nosso encontro surgiriam aspectos importantes a compartilhar, e ter essa preciosa devolutiva desse professor tão compassivo e querido por muitos.

• 7) Como fazer com que o aluno mantenha o foco e que persista em sua evolução?

  Dar as mãos aos alunos nesse processo nem sempre agradável de mergulhar em si mesmo, para entender conscientemente o que ele deseja nutrir em sua vida, quais são suas necessidades, as quais podem ser de movimento, de conexão consigo, de relaxamento etc, e traçar ações que podem ser executadas para atender essas necessidades. Importante também, dialogar honestamente sobre as dificuldades do caminho, do esforço e dedicação necessárias para nos sentirmos verdadeiramente realizados com nossa experiência transitória e passageira nesse mundo. E do quão poderoso é acolher as flutuações naturais e orgânicas dos nosso processo mentais (como desânimo e preguiça), e a partir desse gesto afetuoso convidar se a lembrar do que é importante nutrir.

• 8) O que faz de você um super esportista... Ou melhor, um Superprof?

  O que faz de mim uma Superprof é a honestidade e inventividade do meu trabalho, que vai além de mero entretenimento intelectual, fora da minha profissão, é a vida que escolhi nutrir. As práticas que faço na minha vida pessoal, e o mais importante, *experiencio*, são as mesmas práticas das minhas aulas, logo antes de tudo sou uma aprendiz, uma aluna, e isso possibilita uma troca mútua, horizontal e humilde de conhecimentos e pesquisas.